sábado, 17 de abril de 2010

Governo consegue liberar a construção da usina de Belo Monte

O governo agiu rápido, decidiu e vai mesmo construir a Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, altura de Altamira (PA). Vencida a etapa da luta contra as liminares que buscavam suspender o leilão para escolha de quem tocará a obra, a União via BNDES oferece condições excepcionais de financiamento (até 80% do empreendimento), prazos, juros e garantias aos consórcios construtores. Dois disputam a usina, o consórcio Norte Energia, com maior participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) e Belo Monte Energia, liderado por Furnas e Eletrosul.

O presidente Lula, a cuja determinação se deve a construção da hidrelétrica, com razão protesta contra interferências externas e midiáticas. Principalmente de ONGs internacionais por, como ele disse, "palpitarem" tanto, na maioria das vezes, sem fundamento e sem sequer conhecer a obra, as condições em que se desenvolverá e o resultado final do empreendimento.

Sua queixa é procedente, sim. O mesmo problema - excesso de ONGs e de palpites - enfrenta, por exemplo, o deputado Aldo Rabelo (PC do B-SP) na elaboração do novo código florestal, conforme critica dele em entrevista a esse blog. Mas o governo precisa ter muito cuidado na execução de Belo Monte.

Não frustrar sonhos de toda uma vida

É preciso estar atento aos direitos dos ribeirinhos, dos caboclos, quilombolas e índios que vivem na região, para que as compensações - altíssimas, correspondentes a R$ 1,5 bi - sejam realmente pagas e que o consórcio vencedor cumpra efetivamente as acertadas.

Esses ribeirinhos, caboclos, quilombolas e índios, todos, enfim, afetados por Belo Monte e que serão removidos nesse vasto Norte do país tem que ser realocados com dignidade e condições sociais adequadas em sua região. A hidreletrica é fundamental para o país e para o abastecimento de energia elétrica a 26 milhões de moradores da Amazônia.

Mais uma razão, então, para redobrar as atenções, cumprir e fazer o consórcio vencedor cumprir com todas as compensações acordadas, sejam ambientais, sejam sociais, econômicas ou culturais. Sem isso repetimos erros do passado e perdemos apoio daqueles que lutaram toda uma vida para ver Lula presidente e querem eleger Dilma Rousseff presidenta para sucedê-lo.

Do blog do Zé Dirceu

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