quinta-feira, 10 de junho de 2010

Conselho de Segurança da ONU aprova sanções contra o Irã; Brasil e Turquia votam contra


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou no final da manhã de hoje (9) um novo pacote de sanções contra o Irã. Dos 15 países que compõem o órgão, 12 votaram favoravelmente. Apenas o Brasil e a Turquia foram contrários e o Líbano se absteve. Para a maioria dos integrantes do conselho, o programa nuclear iraniano é uma ameaça por esconder a produção de armas atômicas e não seguir as orientações da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

Os membros permanentes do conselho são os Estados Unidos, a França, a Inglaterra, a Rússia e a China. Dez países são membros rotativos do órgão: Brasil, Turquia, Bósnia Herzegovina, Gabão, Nigéria, Áustria, Japão, México, Líbano e Uganda. Apenas os permanentes têm direito a veto, os demais podem apenas votar.

Foi a quarta vez que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma série de medidas punitivas contra o Irã, na tentativa de forçar o governo daquele país a atender às definições do órgão e da Aiea. Mas o governo iraniano avisou que eventuais punições seriam respondidas em tom de confrontação e não levariam a futuras negociações.

O pacote aprovado hoje determina várias ações de restrições ao Irã. As principais medidas são o aumento da fiscalização dos carregamentos de exportação destinados ao Irã, a suspensão da venda de armas pesadas para os iranianos e a rigorosa inspeção nos navios com bandeira do país.

A embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luiza Viotti, lamentou a decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo a diplomata, as sanções não são medidas eficientes. O governo brasileiro defendeu a busca do diálogo como meio de encerrar o impasse envolvendo o Irã e parte da comunidade internacional.

A campanha em favor das sanções foi liderada pelos Estados Unidos. Para os aliados dos norte-americanos, há receio de que o Irã enriqueça urânio para produzir armas atômicas. Porém, o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nega as acusações e insiste que o programa nuclear desenvolvido no país tem fins pacíficos.

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