terça-feira, 22 de junho de 2010

Serra e seu trololó na sabatina da UOL


Verdadeiras falcatruas! Primeiro negar que o governo de seu partido e dele privatizou - sim, governo dele, já que nas gestões FHC ele foi ministro duas vezes, do Planejamento e da Saúde. Fez pior do que isso, comandou privataria, conforme o termo cunhado por um dos jornalistas mais conceituados do país e repetido com frequência por todos.

Depois tentar negar e não responder às críticas do presidente nacional de seu partido, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) ao Bolsa Família, escondendo-se numa suposta frase de Lula sobre o Bolsa Escola. Na sequência, voltou com seu mantra (e da mídia) sobre um Dossiê que não existe. O que existe é o livro de um jornalista, Amaury Ribeiro Jr, com documentos e dados públicos sobre as privatizações e que envolvem José Serra e auxiliares.

Sobre esse livro, suas denúncias, sobre os envolvidos, Serra não dá nenhuma resposta, não disse uma palavra até agora. Claro, protegido pela complacência da imprensa que não lhe cobra a respeito, sente-se senhor absoluto da situação e acha que não precisa dar nenhuma explicação.

Já a suposta quebra do sigilo fiscal do ex-secretário-geral da Presidência FHC, Eduardo Jorge Caldas Pereira, mencionada por Serra, deve ser explicada pela própria Folha de S.Paulo (jornal líder do conglomerado de comunicação do qual o UOL é parte) e pelo Correio Braziliense que tiveram acesso a informações sob sigilo fiscal. As demais veiculadas sobre Eduardo Jorge constam do relatório público da CPI do Banestado postado no site do Senado (veja post abaixo).





Um candidato em fuga
Publicado em 22-Jun-2010
Para não responder sobre políticas monetária e cambial...

Na sabatina do UOL (leia nota acima), para fugir de novo da pergunta sobre as mudanças que fará na política monetária e cambial o candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) afirmou que em seu governo a Fazenda, o Planejamento e o Banco Central (BC) vão atuar em conjunto e de forma harmônica. Ele se esquece que quando era ministro do Planejamento de FHC divergia diariamente do titular da Fazenda, Pedro Malan, e por isso foi substituído.

Mas, a pior falcatrua de Serra nessa sabatina foi sobre a CPMF que os tucanos extinguiram com apoio do DEM retirando R$ 40 bi dos recursos da Saúde na virada de 2007/2008. Ele divaga, faz sofismas, responde outras coisas, vem com falácias... Só não diz que seus PSDB e DEM, quando a extinguiram recusaram a proposta do governo de reduzir a alíquota a até 0,8%; manter o imposto como instrumento de fiscalização da sonegação e lavagem de dinheiro; e destinar todo o arrecadado para a Saúde nos Estados e municípios.

Serra e os tucanos sabem que a maioria da população não pagava CPMF - mais de 95% era isenta. Tampouco reconhece - porque por oportunismo eleitoral não lhe interessava fazê-lo - que o imposto era odiado pela elite, principalmente de São Paulo, porque pelo cruzamento das informações sigilosas permitia ao Fisco saber quem estava sonegando ou lavando dinheiro.

Finalmente, ao falar sobre reforma tributária, Serra pratica fraude e desonestidade intelectual. Foi ele que impediu sua aprovação. Foi ele que mobilizou governadores, parlamentares e as bancadas dos partidos que o apoiam para impedir a mudança do ICMS.

Do blog do Zé Dirceu

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