quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Até onde a oposição desce nível da campanha

Enquanto despenca nas pesquisas e perde apoio de aliados e até de correligionários, sem muitas opções, o oposicionista José Serra, candidato da coligação conservadora PSDB-DEM-PPS ao Planalto escolheu o caminho do confronto direto e aberto na TV. Adotou o uso de todo e qualquer argumento, não se importando com sua imagem e história.

Aos poucos ele vai assumindo tudo o que condenava em campanhas anteriores: abandona o ar de bom moço, de progressista, agride e calunia, esperneia e ataca jornalistas, distorce fatos e dados. Está seguro - ou, então, sem alternativa - de que com esta estratégia pode ganhar votos, o que parece improvável.

Até porque, nem assim, consegue estancar o abandono em que o jogam seus aliados e mesmo os tucanos. A debandada é geral. São centenas de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, até governadores, que mandam recado de apoio a candidatura de Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).


Debandada em cascata; enxurrada de apoios a Dilma

Tudo publicamente. Os próprios candidatos fazem questão de dar publicidade a esta adesão. Fora as críticas generalizadas dos aliados ao PSDB e à campanha de Serra, pela qual ele é o único responsável, apesar das tentativas da elite tucana de retomar o controle da campanha - o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso á frente.

No tucanato o tiroteio é geral. Primeiro contavam que iam ganhar a eleição como se fosse um passeio. Depois, começaram a brigar com as pesquisas, com a realidade. Agora estão procurando culpados pelo desastre eleitoral e político. Não se entendem sobre o que fazer.

A última deles (do PSDB), de priorizar as eleições estaduais em São Paulo, Minas, Paraná e Goiás, então, virou um bumerangue já que os (tucanos dos) Estados excluídos partiram para o ataque público. A começar pela decisão, que ninguém sabe de quem foi.

Tudo indica que do comando tucano que não comanda nada. Só pedidos nos restaurantes de luxo de São Paulo, onde eles se reúnem para não decidir nada. Partiu do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE)? A ver. A pergunta que fica é: até quando Serra descerá? Tudo indica que até perder a dignidade - ou o pouco que lhe resta.

Do blog do Zé Dirceu

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