terça-feira, 23 de novembro de 2010

Petrobrás não chega a acordo e deixa Equador


A empresa brasileira não aceitou os termos propostos pelo governo equatoriano e terá de deixar as operações no país

A Petrobrás sairá do Equador depois de não ter alcançado um acordo com o Estado para alterar o contrato, enquanto a hispânica argentina Repsol-YPF permanecerá, garantiu nesta terça-feira, 23, o ministro de Recursos Naturais não Renováveis, Wilson Pastor.

O anúncio foi feito em entrevista coletiva poucas horas antes de terminar o prazo (meia-noite) para a mudança dos atuais contratos de participação por outros de prestação de serviços.

Pastor apontou que foram alcançados ainda acordos com as empresas Agip, Andes Petroleum e PetroOriental, que se unem à Empresa Nacional do Petróleo (Enap) do Chile, que nesta terça-feira se tornou a primeira companhia a assinar um novo tipo de contrato com o governo equatoriano.

Ao todo foram alcançados oito contratos de exploração em diferentes campos, indicou Pastor ao assinalar que com a renegociação, a renda petrolífera que recebe o Estado passou de 70% para 80%.

Assim como a Petrobrás, não aceitaram renegociar empresas como Canadá Grand e outras duas companhias que somavam cinco contratos, que representam 14% da produção das empresas privadas.

O ministro Coordenador Setores Estratégicos, Jorge Glas, acrescentou que com as empresas que saem "foi feita uma transição ordenada para que as operações passem, a partir de amanhã, para as mãos do Estado equatoriano.

Pastor destacou que a renegociação alcançada é "absolutamente conveniente para o Estado".

Pelo novo modelo de contrato, o Governo é o proprietário do petróleo e paga às empresas uma tarifa por barril extraído.

ESTADÃO.COM.BR

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