terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Alckmin e Serra num festival de denúncias


O governador Geraldo Alckmin e seu antecessor, José Serra, ambos tucanos, abriram para valer a temporada de guerra interna no PSDB e estão se matando num festival de denúncias cruzadas de corrupção. Os serristas, bem ao estilo de seu chefe e sem que alguém se assuma como denunciante, centram fogo em Paulo César Ribeiro, o Paulão, irmão da primeira-dama do Estado, Lu Alckmin.

Acusam Paulão - já sob investigação do Ministério Público do Estado (MPE-SP) - de favorecer um cartel que ganha licitações em prefeituras de São Paulo e de mais quatro Estados para fornecer merenda escolar; pagar propina; e financiar ilegalmente campanhas eleitorais.

Alckmin dá o troco colocando uma tropa de choque na Secretaria de Transportes do Estado, pasta que tradicionalmente atrai uma verdadeira corrida pelo ouro - gordos contratos, superfaturamento, transações com empreiteiras etc. Saulo de Castro, seu ex-chefe de polícia, que Alckmin transformou em secretário de Transportes, recheou o órgão (e outros a ele jurisdicionados) com investigadores de polícia, oficiais militares e gente de inteligência.

E não escondem o propósito disso: a revisão de contratos e licitações da secretaria, foco de denúncias de superfaturamento e tráfico de influência na gestão José Serra (2007-abril de 2010) no Estado. Com isso, Geraldo passa recibo de que havia corrupção no governo do companheiro dele.

Agora, direto do Palácio dos Bandeirantes, com direito a nota oficial e tudo, explode o escândalo de uma milionária verba de propaganda deixada por José Serra para Geraldo Alckmin pagar.

Blog do Zé Dirceu

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