quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quadrilha aplicava golpe do DPVAT


Dois advogados e um empresário, acusados de fazerem parte de uma quadrilha que aplicava o golpe do seguro obrigatório - indenização para vítimas de acidentes de trânsito - foram presos na tarde de anteontem em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O grupo é suspeito de se apropriar indevidamente de seguros e indenizações liberados pelo Estado.

Segundo o delegado Rodolfo Rolli, na foto acima, as investigações tiveram início a partir de denúncias de pelo menos pessoas que se entraram com o pedido de indenização, através do escritório Assistência às Famílias Vítimas de Trânsito (Afavat), em Juiz de Fora, mas que não receberam os valores liberados. A polícia suspeita que o número de vítimas seja maior e o prejuízo, milionário.

Após investigações, os advogados Domingos Savio de Gusem, de 50 anos, e Alexandre Freitas Silva, de 31, foram presos em um escritório de advocacia, no centro de Juiz de Fora, durante o cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão temporária, na tarde de anteontem. O empresário, Sandro Ricardo Moreira Alves dos Santos, de 38 anos, também foi preso.

A polícia investiga ainda a participação de uma escrivã da Polícia Civil de Juiz de Fora no esquema. Ela foi afastada das atividades."Essa escrivã autenticava papéis que não eram da competência dela, como laudos de exame de corpo delito e documentos do SUS para eles", disse o delegado.

As quatro vítimas que acionaram a polícia de Juiz de Fora contaram que procuraram o escritório em busca da obtenção de indenizações do seguro. Mas, após conseguirem sentenças favoráveis, os advogados não avisam os clientes. " Como as vítimas assinavam procurações, os valores iam direto para contas particulares dos envolvidos ou para a conta do escritório", explicou Rolli. O valor somado das quatro ações, segundo ele, chega a R$ 200 mil.

Suspeita-se de que o grupo age também em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, já que uma grande quantidade de documentos apreendidos no local podem ser de vítimas de outros Estados. Outros advogados envolvidos são procurados pela polícia.

Apreensão
Foram apreendidos computadores e uma grande quantidade de papéis e documentos. "Cerca de 99% dos processos do escritório tratavam de seguro DPVAT. O curioso é que pelo menos oito deles eram de vítimas da Bahia, onde há escritório de DPVAT, mas os processos eram impetrados em Juiz de Fora", afirmou o delegado.

Os envolvidos podem responder por estelionato, apropriação indevida, formação de quadrilha e falsificação de documentos públicos e particulares. Nenhum representante da Afavat foi encontrado para falar do assunto.

Super Notícia

Um comentário:

  1. fUI VITIMA DE ACIDENTE, DE TRANSITO, FUI ABORDADO POR UMA PESSOA VARIAS VEZERS E ME TEU O CARTAO DA AFAVAT, ELA DIZIA QUE SE EU NAO FIZECEM CO ELA, NUNCA EU IA RECEBER, POIS SEGURADORA SO TEM UMA NO BRASIL TODO, E COMO ELES TINHA PESSOAS LA DENTRO COLOCAVA O PROCESSO NA FRENE, PARA RECEBER ASSISTENCIA DE MEDICAÇÃO ELE JA TINHA COMO ARRUMA RECEITA E NOTA FISCAL EM FARMACIA MESMO QUE NAO TIVESSE USADO A MEDICAÇÃO, ESTOU FAZENDO COM A CELESTE, SE AJUDA DE TERCEIROS.

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