terça-feira, 29 de novembro de 2011

O desenvolvimento do Brasil sob a ótica das esquerdas

Participei ontem, no Rio, do excelente seminário “A Crise do Capitalismo e o Desenvolvimento do Brasil”, organizado pelas fundações Perseu Abramo (PT), Maurício Grabois (PC do B), João Mangabeira (PSB) e Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT).

Nomes de grande relevo no debate econômico nacional deram sua contribuição à reflexão sobre o cenário mundial, sobre quais estratégias e políticas o Brasil deve adotar para se tornar um país desenvolvido e o papel das esquerdas nesse caminho.

Entre outros debatedores, participaram o ex-ministro da Fazenda Bresser Pereira; a professora Maria da Conceição Tavares; o ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa; o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), Márcio Pochmann; o secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa; o secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin; o professor e economista da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) Ricardo Bielschowsky; e a socióloga e economista Tânia Bacelar.

A importância do encontro para a esquerda brasileira

Foi um encontro de grande importância para o pensamento de esquerda brasileiro e, claro, muito do que foi debatido seria suficiente para alimentar seminários específicos. Mas a ideia era tecer um panorama das raízes da situação brasileira atual, compreendê-la e vislumbrar possíveis caminhos.

Resumidamente, saímos com a certeza de que o país avançou na última década ao abandonar o receituário neoliberal “comprado” de fora e passar a adotar políticas estratégicas de crescimento econômico com distribuição e aumento da renda na base da pirâmide social, o que resultou na formação de um mercado interno de massas que fez da crise internacional “uma marolinha” ante ao maremoto nos grandes centros econômicos.Mas, nem tudo são flores, pois sabemos dos enormes desafios colocados ao país e da herança histórica de problemas a ser superada e que nos legou um sistema educacional falido, cujo soerguimento requer anos de investimento contínuo.

Avanço comercial chinês, exemplo de problemas no horizonte

Além disso, novos problemas surgem no horizonte, como o avanço comercial chinês e a necessidade de estabelecermos com o mundo relações soberanas, que instituam novo paradigma e projete o Brasil como um país desenvolvido e não mais como a velha colônia.

Inegável que cabe à esquerda brasileira construir políticas e reflexões que possam nos levar a essa nova condição. Vejam, também, a nota abaixo Sem salto tecnológico e de inovação corremos riscos.

Blog do Zé Dirceu

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