sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Balanço mostra aumento de apreensões em seis meses de operação nas fronteiras

Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil

Brasília - Lançado em 8 de junho pela Presidência da República para prevenir e reprimir práticas criminosas nas regiões fronteiriças, o Plano Estratégico de Fronteiras completou seis meses com aumento na apreensão de produtos e substâncias ilícitas, além de um maior número de abordagens policiais.

Composto pelas operações Sentinela e Ágata, coordenadas, respectivamente, pelos ministérios da Justiça e da Defesa, a iniciativa resultou também numa maior integração entre órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis por fiscalizar e controlar as fronteiras, destacou hoje (15) o vice-presidente Michel Temer.

Somente a Operação Sentinela resultou na apreensão de 115,3 toneladas de maconha e cocaína; 473 mil fármacos; 4,4 milhões de pacotes de cigarros; 534 armas de fogo. Além disso, 4,2 mil pessoas foram presas em flagrante. Os resultados são relativos ao período de 8 de junho a 8 de dezembro e, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, superaram a expectativa inicial.

De acordo o ministro, o volume de maconha apreendida é 14 vezes superior ao do mesmo período de 2010. Já a quantidade de cigarro contrabandeado apreendido é oito vezes maior, enquanto o número de pessoas detidas cresceu sete vezes. Cardozo acredita que os resultados são ainda mais expressivos, já que, normalmente, as apreensões crescem no final do ano.

"Essa fiscalização não é simples. Se não é para países pequenos, que dirá para um país como o Brasil", disse Cardozo, destacando que o plano terá continuidade e que, portanto, a crescente integração entre os órgãos públicos das três esferas deverá gerar resultados ainda melhores no futuro. "Nunca havíamos conseguido o nível de integração [com estados e municípios] que temos hoje. Tudo nos leva a crer que, no ano que vem, a maior integração resultará em dados ainda mais expressivos."

Já a Operação Ágata, coordenada pelo Ministério da Defesa em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mobilizou mais de 17,6 mil homens das três forças que patrulharam 11,6 mil quilômetros de fronteiras (ou 63% dos 16,8 mil quilômetros totais). Também foram patrulhados um total de 45 mil quilômetros de rios e lagos, nos quais 46 embarcações foram notificadas ou apreendidas.

Foram apreendidas 59 motos, 20 caminhões, 465 quilos de agrotóxicos, 332 quilos de maconha, 19,5 quilos de cocaína, além de 63 armas, sendo duas de uso exclusivo militar, 8 mil quilos de explosivos, R$ 345 mil em dinheiro e US$ 250 mil. A fim de coibir também os crimes ambientais, foram fiscalizadas cinco madeireiras ilegais e três garimpos, onde também foram apreendidos produtos como madeira extraída ilegalmente.

Para o vice-presidente Michel Temer, os resultados mostram o sucesso do plano, mesmo que as duas operações, juntas, não contemplem toda a extensão fronteiriça brasileira. "Foi um início extraordinário para quem não havia feito nada antes em relação às fronteiras. E a tendência é que, em algum momento esses números caiam, já que [com a ação repressiva] a criminalidade tende a cair", disse Temer, garantindo a continuidade da iniciativa. "Seguramente, isso irá exigir mais recursos, mas a intenção do governo é dar pleno apoio a essa operação."

Agência Brasil

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