sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Colunista diz como conservadores dos EUA tentaram enfraquecer PT

Como vocês acompanham, em outubro próximo teremos eleições na Venezuela, nas quais o presidente Hugo Chávez tentará a reeleição. Será mais um pleito democrático, como todos os que ocorrem na região nos últimos anos. São disputas eleitorais com altos e baixos, qualidades e defeitos, de acordo com o grau de aperfeiçoamento democrático atingido pelos países da América do Sul e Latina.

A propósito dessa eleição venezuelana, convido vocês a lerem o artigo Ano eleitoral: Obama X Venezuela, publicado na folha de S.Paulo pelo Mark Weisbrot, "Obama X Venezuela", co-diretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas (www.cepr.net), em Washington (EUA), e também presidente do "Just Foreign Policy" (www.justforeignpolicy.org).

O convite é porque, além de bem esclarecedor sobre o pleito no país vizinho, o texto mostra como uma organização vinculada ao Partido Republicano fez pressões no Brasil para tentar enfraquecer o nosso PT.

Pressionaram por mudanças na lei eleitoral para enfraquecer PT

Acompanhamos todos - vocês e nós também - as disputas eleitorais pela nossa imprensa conservadora, que, de forma geral, distorce muito mais do que informa em sua visível campanha ideológica para favorecer conservadores e prejudicar progressistas nessas disputas eleitorais.

No tocante à Venezuela - e a todos os países da região quando se confrontam eleitoralmente forças progressistas e conservadoras - há nos jornalões e revistas mais desinformação do que um retrato fiel da realidade do país.

Por isso o artigo de Mark Weisbrot é bem esclarecedor em relação a tudo o que tomamos conhecimento por meio de nossa mídia aqui. Ele assinala, por exemplo, que "a política de Obama em relação aos governos latino-americanos de esquerda vem sendo de "contenção e recuo", algo que mal é distinguível da política de George W. Bush."

Dinheiro sai de núcleo duro do Partido Republicano

Conta, por exemplo, que a recente expulsão do cônsul da Venezuela em Miami tem tudo a ver com a eleição presidencial nos Estados Unidos em novembro próximo. A Flórida é um Estado indeciso nas eleições presidenciais americanas, assinala o articulista, daí a decisão do governo do presidente Barack Obama de expulsar o diplomata para "faturar" para si o voto de Miami.

Ele lembra, também, que os EUA estão há mais de três anos sem embaixador na Bolívia, porque o Departamento de Estado americano se recusa a revelar o que faz com dezenas de milhões de dólares que gasta anualmente no país. E que Washington apoia a oposição na Venezuela, via NED (National Endowment for Democracy), um fundo através do qual gastou US$ 1,6 milhão no país em 2010 contra Hugo Chávez.

E atenção: no artigo Mark Weisbrot conta que a maior parte do financiamento do NED está indo para o IRI (Instituto Republicano Internacional), um núcleo duro incrustrado no Partido Republicano, que aplaudiu publicamente o golpe de 2002 na Venezuela; alavancou o golpe de 2004 que derrubou o governo democraticamente eleito do Haiti; e que "fez pressão por modificações nas leis eleitorais brasileiras que enfraqueceriam o Partido dos Trabalhadores".

Blog do Zé Dirceu

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