segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A triste marca que fica de um ano de governo Alckmin

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Alckmin
Qual a marca que fica e se sobressai de 12 meses da administração Geraldo Alckmin nesta 3ª vez em que ele é governador do Estado? A simbólica, emblemática deste pouquinho mais de um ano do governo tucano de Alckmin (tomou posse a 1º de janeiro de 2011) é a da repressão policial, do uso do cassetete para resolver problemas sociais, a crença que o impregna de que questão social é caso de polícia.

Voltamos a ter a questão social considerada em São Paulo exatamente como era até os anos 30 do século passado. Tivemos o caso da truculência policial da PM de Alckmin mais de uma vez na USP no ano passado; a reafirmação dos métodos desastrados de ação repressivo-policial na cracolândia desde o início deste ano; e agora a reafirmação, neste fim de semana, dessa mesma política na reintegração de posse do Pinheirinho, uma área reivindicada na Justiça pelo megaespeculador Naji Nahas em São José dos Campos (SP).

Neste episódio em que Alckmin impõe a marca policial que se sobressai de seu governo, a tensão na área do Pinheirinho já dura mais de 30 horas. A truculenta reintegração iniciada ontem deixou a via Dutra, uma das principais rodovias do país, fechada por longo tempo; oito veículos queimados; dezenas de pessoas detidas; oito manifestantes, um PM e um quarda-civil feridos. Na manhã de hoje, novos incidentes deixaram 15 feridos segundo os sem-teto -, ainda que a PM contabilize apenas um.

Temos todos a lamentar os resultados e consequências desse Estado policial em que os tucanos convertem São Paulo. Mais triste, ainda, é constatar que todo o episódio do Pinheirinho não constitui nenhuma novidade: é a reafirmação e está dentro da linha repressiva do governo Alckmin que, por sua vez, apenas segue a mesma linha adotada pelo governo de José Serra (janeiro de 2007 / abril de 2010). E a persegue agravada.

Foto: Antonio Cruz/ABr

Blog do Zé Dirceu

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