quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Gestão de Riscos coloca o Brasil à altura do seu tamanho


Reivindicação nossa antiga aqui no blog, a presidenta Dilma Rousseff lançou ontem o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Já era tempo pois não tínhamos uma defesa civil que merecesse esse nome, apesar da dedicação e sacrifício dos responsáveis pela tarefa de enfrentar as consequências sempre terríveis desses desastres, em todos os entes da federação.

São quase R$ 19 bi a serem empregados até 2014. Somados aos R$ 27,6 bi destinados à área desde 2007, chegam a significativos R$ 46 bi. Para mostrar que não está de brincadeira, a presidenta pediu aos administradores dos 820 municípios selecionados que “acelerem, por favor, os projetos, porque os recursos já estão disponíveis”.

O conjunto de ações e recursos divulgados pelo governo reúne desde prevenção e monitoramento até a melhoria de condições de resposta, a exemplo de socorro mais rápido às vítimas de desastres naturais. A presidenta explicou que os objetivos de sua criação são garantir que Estados e municípios sofram menos impactos com os desastres naturais e evitar que as pessoas percam suas casas.

Agora sim, damos uma resposta que coloca o Brasil à altura de seu tamanho. E das necessidades de seus cidadãos e cidadãs em horas difíceis.

R$ 46 bi investidos de 2007 a 2014

Serão investidos quase R$ 19 bi até 2014 tanto em situações de enchentes e deslizamentos quanto de seca, como a atual que afeta o Semiárido nordestino. Somados aos R$ 27,6 bi já contratados entre 2007 e junho deste ano, o aporte global feito pelo Governo Federal para o setor chega a R$ 46 bi. Mais de 820 municípios foram selecionados como prioritários, pelo alto risco de deslizamentos, enxurradas e inundações. Estas cidades serão mapeadas e terão planos de intervenção, com identificação da vulnerabilidade das casas e obras de infraestruturra.

“A seca é ainda mais insidiosa, porque é permanente”, explicou a presidenta.


Vamos superar deficiências do passado

A presidenta lembrou o momento em que conversou por telefone com o vice-governador do Rio, por ocasião das chuvas na região serrana daquele Estado, catástrofe que ceifou 900 vidas, além de deixar milhares de feridos e prejuízos enormes. Ela queria informações sobre a situação para que o Governo Federal pudesse atuar imediatamente.

Luiz Fernando Pezão usava o telefone de uma padaria para informar os detalhes. “Para evitar o telefone da padaria, vamos ter que ter estrutura de comunicação móvel. Parcialmente, já são feitas aqui, mas quero que sejam feitas integralmente”, disse Dilma. O plano inclui medidas a serem implantadas até 2014, que vão desde o mapeamento das regiões de maior risco até investimentos em prevenção, monitoramento e reforço da capacidade de resposta aos desastres.

Se precaver, em vez de somente chorar sobre o leite derramado...

“Vivemos situações que nos impactaram e marcaram. Sou testemunha disso. Nós não poderíamos chegar a enfrentar novamente os desastres naturais de uma forma que não fosse a mais profissional possível”, disse a presidenta. “É algo que implica grande mobilização dos governos e da sociedade”, diz ela. E muito acertadamente a presidenta completa: “Mas, sobretudo, requer planejamento”.

A presidenta alertou que os governos precisam aproveitar melhor os recursos que têm. “Naqueles mecanismos, atividades e aspectos que não temos os recursos completos, temos que completar e providenciar obras de infraestrutura que mitiguem os riscos de enchente e deslizamento e as situações recorrentes de seca”.

Só posso concordar com a presidenta também quando diz que “como seres humanos, não controlamos a natureza, mas somos capazes de criar mecanismos para minimizar e garantir maior resistência e ampliar nossa capacidade de fazer face a eles”.

Blog do Zé Dirceu

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