quinta-feira, 31 de outubro de 2013

De Franco, que queimou reservas, a Lula: cale-se!

Edição/247 Fotos: Folhapress/Reprodução/Instituto Lula:
Famoso por uma gestão no Banco Central, entre 1997 e 1999, na qual queimou mais de US$ 50 bilhões em reservas brasileiras para sustentar uma ficção chamada paridade do real com o dólar, economista troca pitacos por um verdadeiro coice; "por que não te calas?", mandou Gustavo Franco a Lula, em postagem no Facebook; para ele, estabilidade do País deu certo "APESAR" de Lula e do PT; para efeito de quem é quem: entre 1994 e 2000, quando Franco foi duas vezes presidente do BC, dívida externa brasileira saltou de US$ 120 bilhões para US$ 250 bilhões; a partir do governo Lula, País construiu reservas superiores a US$ 300 bilhões; por que não te lembras, Gustavo?
31 de Outubro de 2013 

247 – Calcula-se entre US$ 40 bilhões e US$ 60 bilhões de dólares o volume de reservas brasileiras lançadas ao mercado durante a gestão do economista Gustavo Franco na presidência do Banco Central. Entre 1997 e 1999, especialmente na virada de 98 para 99, Franco procurou manter o regime de paridade entre o real e o dólar a custo de injetar grossas quantidades do dinheiro americano em poder no Brasil em leilões diários.

Ao final desse processo, o País estava com bilhões de dólares a menos em reservas e estabeleceu-se, pelo mercado, uma desvalorização de mais de 60% do real sobre o dólar. Sabe-se hoje que todo aquele gasto foi inútil. Retirado do Banco Central pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, Franco viu seu sucessor, o economista Armínio Fraga, catapultar, como seu primeiro ato, a taxa de juros básica da economia para mais de 40%.

Ficou a impressão generalizada que Franco presidiu um BC de faz de conta, assentado em bases falsas como a paridade cambial e uma taxa de juros sem credibilidade. Nos últimos tempos, o mesmo Gustavo Franco tem dado seguidos palpites sobre o momento da economia (como este aqui).

Nesta quinta-feira 31, mais que um pitaco, deu um verdadeiro coice. Em mensagem publicada no Facebook, o economista mostrou os dentes ao ex-presidente Lula e sugeriu: "Por que não te calas?".

Segundo Gustavo Franco, "a estabilização não foi feita por Lula, mas APESAR dele". O petista, segundo sua crítica, faz "apropriação indébita", - "pior que oportunismo", escreve – ao falar da estabilização e do tripé macroeconômico "como se tivesse sido ele o inventor". O economista diz ainda que Lula e o PT "sabotaram o Plano Real até onde puderam, mas fracassaram em atrapalhar o suficiente".

As afirmações são respostas aos ataques de Lula à gestão econômica de seu antecessor. Nesta quarta-feira 30, ao criticar a ex-senadora Marina Silva, o ex-presidente declarou que hoje o País tem mais estabilidade em todos os níveis do que quando ele entrou no governo, em 2003, junto com ela, que era sua ministra. "Ela deve se esquecer que em 1998 a política cambial fez esse país quebrar três vezes. (...) Nunca tivemos tanto tempo de estabilidade econômica como temos agora", disse Lula.

O guru de FHC rebate: "O país se tranquilizou quanto à economia quando ele, Lula, adotou as políticas macroeconômicas de FHC, que sempre atacou". O economista responde ainda que "o país não quebrou em 1998, quando enfrentou uma crise parecida com a de 2008". E justifica: "E a política cambial de 1994-98, tão fundamental para o sucesso da estabilização, nada teve que ver com a crise, que vem de fora, como a de 2008".



Brasil 247

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