quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Homem-bomba do PSDB-SP operou R$ 28 mi na Suíça

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Apontado pela Polícia Federal como responsável por receber e intermediar o pagamento de propinas a políticos de alta plumagem do PSDB paulista nas gestões tucanas de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, Jorge Fagali Neto, irmão do ex-presidente do Metro José Jorge Fagali, operou nada menos que R$ 28 milhões num período de dez anos (1997 a 2007), no caso da multinacional francesa Alstom; documentos que comprovam a movimentação foram entregues por autoridades da Suíça a agentes do governo brasileiro; antes dessa descoberta, José Fagali tivera uma conta com US$ 6,5 milhões bloqueada no país europeu; irmãos explosivos
28 de Novembro de 2013 às 08:44

247 – Apontado pela Polícia Federal como responsável por receber e intermediar pagamentos de propina a importantes nomes do PSDB durante os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, no caso da francesa Alstom, Jorge Fagali Neto agora é alvo de uma nova acusação: ter movimentado nada menos que R$ 28 milhões em bancos estrangeiros na Suíça num período de dez anos (de 1997 a 2007).

O ex-secretário de Transportes no governo Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) é irmão de José Jorge Fagali, ex-presidente do Metrô na gestão Serra. Considerado o “homem bomba” do escândalo de corrupção em contratos firmados pelo grupo Alstom para fornecer energia ao metrô de São Paulo, Jorge Fagali tinha autorização para movimentar no paraíso fiscal a conta do responsável por uma das consultorias suspeitas de movimentar propina para a Alstom: a Taltos, de José Geraldo Villas Boas.

No inquérito do Ministério Público, ele também aparece como representante de três fundações no exterior: Andrius e Lenobrig, em Lichtenstein, e Niton Foundation, no Panamá. É também representante da offshore Woler Consultants, no Panamá. José Fagali Neto foi denunciado à Polícia Federal pela secretária Edna Flores, que entregou aos Ministério Público estadual e federal emails pessoais do consultor, segundo denúncia do jornal O Globo.

Nas mensagens, fica evidente o livre trânsito da família Fagali à cúpula do tucanato. Segundo a secretária, o engenheiro Pedro Benvenuto, atual secretário-executivo do conselho gestor de Parcerias Público-Privadas frequentava o escritório do consultor em 2006 e 2007, quando era coordenador de gestão da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, à qual estão subordinadas o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Em 2006, Alckmin era o governador. Em 2007, José Serra.

Suspeito de intermediar propinas da Alstom, José Fagali Neto teve bloqueada uma conta de US$ 6,5 milhões na Suíça.



Brasil 247

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