segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Sob comoção de militantes, PT faz reunião histórica

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Como um partido político deve se comportar diante do que já se reconhece como prisões ilegais e humilhantes de três de suas figuras históricas?; é o que a direção do PT vai responder hoje, durante reunião do Diretório Nacional; será a primeira do reeleito presidente Rui Falcão; vitorioso na semana passada com 70% dos votos diretos dos militantes, ele vai mediar o tamanho da solidariedade que o partido emprestará aos seus ex-presidentes José Dirceu e José Genoíno, e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares; desagravo deve incluir crítica forte a presidente do STF, Joaquim Barbosa, que transformou regimes semiabertos em prisões fechadas; mas haverá cobrança sobre Lula e a presidente Dilma?; partido pode ir às ruas mostrar indignação?
18 de Novembro de 2013  

247 – O tamanho da solidariedade do PT a seus ex-presidentes José Dirceu e José Genoíno e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares vai ser dada nesta segunda-feira 18, ao longo do dia, na reunião do Diretório Nacional do partido. Será a primeira sob o comando do reeleito presidente Rui Falcão, que obteve 70% dos votos dos cerca de 400 mil militantes que participaram da eleição direta.

A transformação, na prática, do regime de prisão semiaberto para fechado aos dirigentes históricos do PT deve provocar uma reação forte na cúpula do partido. No desagravo aguardado pelos observadores, o Diretório Nacional não deve poupar ataques ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, cujos termos da decretação das prisões levaram ao que a Comissão de Direitos Humanos da OAB chamou de "espetacularização" das prisões, que teriam virado "linchamentos".

O tom a ser adotado pelo PT na solidariedade a Dirceu, Genoíno e Delúbio pode ser inversamente proporcional ao assumido, até agora, pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma Rousseff. Ambos têm se resguardado de comentar os fatos em torno das prisões, também consideradas "ilegais e arbitrárias" pela entidade dos advogados.

Lula alega que só falará ao final do julgamento. Dilma, nem isso. A ordem no Palácio do Planalto é silêncio absoluto sobre o assunto. Nem mesmo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se pronunciou a respeito.

Mesmo com a força de sua recente reeleição pelo voto direto, é difícil acreditar que Falcão ceda as emoções do momento e leve o PT a criticar a postura do governo como um todo frente ao episódio. Quanto mais dos personagens Lula e Dilma. Mesmo assim, a militância recém reunida nas eleições internas não poderá ficar sem uma resposta à altura. Não se sabe, porém, se ideias da ala esquerda do partido de convocação de manifestações públicas de solidariedade aos ex-dirigentes presos irão prosperar na reunião do comando petista.



Brasil 247

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