sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Rumor de "bomba" na Veja faz Petrobras disparar



Um dia depois de ser condenada, por 7 a 0, a publicar direito de resposta em favor do Partido dos Trabalhadores, a revista Veja eletriza o mercado financeiro; investidores compram ações da Petrobras, que subiu quase 6% nesta sexta-feira, com a especulação de que vem aí uma bomba capaz de abalar os alicerces da República: a delação premiada de Alberto Youssef; será essa a bala de prata para derrubar o PT, depois que a delação de Paulo Roberto Costa não produziu os efeitos esperados?

26 de Setembro de 2014 às 17:08


Por Lara Rizério

SÃO PAULO - Além das perspectivas pelas próximas pesquisas eleitorais, um outro fato mexe com a Bovespa na sessão desta sexta- feira (26). O Ibovespa caminha para fechar com ganhos de mais de 2% e, além dos levantamentos sobre a corrida presidencial, novos desdobramentos políticos movimentam o mercado.

Circulam informações de que, neste final de semana, a revista Veja trará uma reportagem que poderia abalar a corrida eleitoral. O texto teria falas extraídas do depoimento do doleiro Alberto Youssef, acusado de coordenar um esquema de lavagem de dinheiro e pivô da Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Youssef já deu um depoimento ao Ministério Público Federal como parte de acordo de delação premiada, que poderia envolver assuntos sobre a engrenagem bilionária que levaria a desvio de recursos públicos, incluindo a Petrobras.

No início do mês, a Veja havia soltado uma matéria em que foram divulgados os nomes de diversos políticos envolvidos em propinas e corrupção dentro da estatal. Segundo a publicação, a lista de nomes envolvidos conta com pessoas importantes da política brasileira. Entre os citados pelo executivo estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA).

Do Senado, estavam na lista Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR). Entre os deputados estão Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC), além do ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP. Vacarezza já teria aparecido nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef.

Entre os governadores, a lista tem Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto em um acidente de avião no dia 13 de agosto. Todos os envolvidos negaram conhecimento do esquema para a Veja.
 
 
Brasil 247

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