segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Gleisi encara Beto Richa: a culpa pelo caos é toda sua






A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) rebateu o governador paranaense Beto Richa, do PSDB, que tentou transferir ao governo federal a responsabilidade pelos problemas fiscais do estado; "Como o governador explica que o ICMS paranaense subiu 44% nos últimos anos, disparado o maior aumento de arrecadação entre todos os estados brasileiros? O problema é que a despesa, sem investimentos, aumentou 53% no mesmo período", diz ela; no Paraná, 30 mil servidores estão em greve, todos os serviços foram paralisados e Richa propôs pagar salários dos servidores retirando R$ 8 bilhões do fundo de previdência do funcionalismo; "um assalto", definiu o também senador Roberto Requião

16 de Fevereiro de 2015 às 15:25





Paraná 247 - Depois do senador Roberto Requião (PMDB-PR) classificar como assalto (leia aqui) a tentativa do governo paranaense de pagar salários do funcionalismo com recursos do fundo de previdência dos servidores, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também reagiu.

Gleisi ficou indignada com a posição de Richa, que atribui ao governo federal a responsabilidade pelo caos fiscal no estado. "Durante boa parte de seu mandato, para justificar as mazelas de seu governo, como a falta de gasolina em carros da polícia e a falta de pagamento a fornecedores, o governador do Paraná falou incansavelmente que os problemas eram culpa do governo federal, que discriminava o estado. Na campanha, a cantilena foi reforçada", disse ela.

No entanto, segundo Gleisi, a responsabilidade pela crise pertence integralmente ao governador. "Como o governador explica que o ICMS paranaense subiu 44% nos últimos anos, disparado o maior aumento de arrecadação entre todos os estados brasileiros? O problema é que a despesa, sem investimentos, aumentou 53% no mesmo período. Pelo que me consta não foi o governo federal que administrou o Paraná".

Leia a íntegra do seu artigo publicado no Notícias Paraná:

Troque o disco, governador! 

Por Gleisi Hoffmann, no Notícias Paraná


Durante boa parte de seu mandato, para justificar as mazelas de seu governo, como a falta de gasolina em carros da polícia e a falta de pagamento a fornecedores, o governador do Paraná falou incansavelmente que os problemas eram culpa do governo federal, que discriminava o estado. Na campanha, a cantilena foi reforçada.

O Paraná é um dos estados que recebe os maiores investimentos para rodovias junto ao Ministério dos Transportes, por exemplo. Também foi o que mais recebeu, proporcionalmente, moradias do Minha Casa, Minha Vida. Foi contemplado ainda com ônibus escolares, creches, escolas, maquinários e todos os empréstimos foram liberados. Se houve demora, cabe exclusivamente à incompetência administrativa do governo estadual, que não conseguiu se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal, gastando mais do que arrecadava.

Agora, o governador volta ao disco arranhado: é por causa da crise nacional, do governo federal, que o Paraná precisa fazer ajustes. E mais, culpando o PT pelas manifestações, atribuindo-nos uma enorme capacidade de mobilização.

O PT apoia as manifestações, mas imputar a ele a realização das mesmas é desrespeitar a imensa maioria do funcionalismo público, que nem partido tem, e é esclarecido o suficiente para não se deixar manipular.

Como o Governador explica que o ICMS paranaense subiu 44% nos últimos anos, disparado o maior aumento de arrecadação entre todos os estados brasileiros? O problema é que a despesa, sem investimentos, aumentou 53% no mesmo período. Pelo que me consta não foi o governo federal que administrou o Paraná. Além disso, os empréstimos eram destinados a investimentos e repasse aos municípios e não a despesas de custeio.

Nem de longe as medidas do governo federal para retomar o crescimento da economia se assemelham ao que o governo quer fazer com os servidores no Paraná. As medidas foram apresentadas com tempo para discussão e debate na sociedade. Chegaram ao Congresso Nacional e foram submetidas a ampla discussão, já contando com proposição de centenas de emendas pelos parlamentares.

Assuma a responsabilidade e governe o Paraná defendendo o que pensa e o que fez até então, mas sobretudo respeite os que divergem da sua opinião. Coragem e respeito são atributos fundamentais para quem pretende governar.




Brasil 247

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