sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Odebrecht tenta anular provas da Lava Jato





Advogados da empreiteira de Marcelo Odebrecht questionaram, em audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a legalidade de provas obtidas na Suíça sobre seu envolvimento no esquema de Alberto Youssef; eles levantaram a suspeita de que os procuradores obtiveram informações bancárias antes que o Ministério da Justiça cumprisse os trâmites oficiais de cooperação internacional; se assim for comprovado, a empresa poderá pedir à Justiça para anular as provas ou impedir que sejam usadas no Brasil

20 de Fevereiro de 2015 às 05:20





247 – Investigada pelo Ministério Público, em parceria com a Suíça, a Odebrecht tenta invalidar a operação Lava Jato. Advogados da empreiteira de Marcelo Odebrecht questionaram em audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a legalidade de provas obtidas no país europeu.

Eles levantaram a suspeita de que os procuradores obtiveram informações bancárias na Suíça antes que o Ministério da Justiça cumprisse os trâmites oficiais de cooperação internacional. Se assim for, a empresa poderá pedir à Justiça para anular as provas obtidas ou impedir que sejam usadas no Brasil.

Questionado sobre a agenda com advogados, o ministro da Justiça afirmou que a empresa levou dois assuntos para a reunião: um sobre vazamento de informações em inquérito, e outro sobre um tema que não podia ainda ser divulgado.

“A empresa Odebrecht disse que ao longo da Operação Lava Jato, havia vazamentos ilegais que atingiam a empresa, que isso qualificava uma clara ofensa à lei, e que eu havia mandado abrir inquérito para apurar esses vazamentos, o que é verdade. E queixavam-se [os advogados] que o inquérito não estava sendo tocado adequadamente pela Polícia Federal (PF)”, disse. Cardozo defendeu ser a pessoa indicada para receber questões relacionadas à PF, que é subordinada ao ministro da Justiça. Ressaltou que, eventualmente, em casos de queixa, ou se dirigem ao diretor da PF ou ao ministro. Ele destacou, porém, que não intervém em investigações. "Não devo intervir. Não devo efetivamente orientar. A orientação minha para a PF é clara: investiguem quem quiser, doa a quem doer, mas cumpram a lei”.
 
 
Brasil 247

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