quarta-feira, 29 de julho de 2015

BOLSA SOBE E DÓLAR CAI APÓS CINCO DIAS DE ALTA


Ibovespa registrava alta de 7,48% às 15h40 de olho na decisão de juros do Copom (expectativas do mercado são de elevação dos juros em 0,5 ponto percentual) e ainda refletindo os cortes da perspectiva de rating do Brasil de estável para negativa pela Standard & Poor's; destaque novamente para as ações da Petrobras, que disparam a 6%; enquanto isso, o dólar comercial recua 1,46%, depois de cinco dias de alta

29 DE JULHO DE 2015 ÀS 16:00


Por Ricardo Bomfim

SÃO PAULO - O Ibovespa passou a subir com menos força nesta quarta-feira (29) depois da decisão do Fomc (Federal Open Market Comittee). O comitê de política monetária norte-americano deixou as taxas de juros no nível atual de 0% a 0,25% ao ano. Os líderes do Federal Reserve se mostraram mais otimistas com a economia local, deixando em aberto uma possível alta dos juros na próxima reunião, que ocorre em setembro.

Às 15h27 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira sobe 0,57%, a 49.885 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial recua 1,46%, a R$ 3,3198 na venda. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 cai 0,09 ponto percentual, a 13,83% ao passo que o DI para janeiro de 2021 0,03 p.p. a 13,01%. Lá fora, as bolsas norte-americanas tentaram subir mais forte por conta do dado, mas voltaram a operar em alta mais suave. Os índices Dow Jones e S&P 500 têm altas de 0,50%.

No dia hoje, a Bolsa ainda repercutiu os dados mais fracos do que o esperado de vendas de moradias nos Estados Unidos, que caíram 1,8% em junho contra maio ante expectativa de alta de 1%.

O mercado brasileiro ainda fica de olho para a decisão de juros do Copom (Comitê de Política Monetária). As expectativas do mercado são de que o comitê brasileiro eleve os juros em 0,5 ponto percentual, trazendo a Selic para 14,25% ao ano.

Por fim, a Bolsa ainda reflete os cortes da perspectiva de rating do Brasil de estável para negativa pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, fazendo isso para mais 41 empresas, o que afeta negativamente o pregão.

Destaques de ações Do lado das maiores altas, a Petrobras (PETR3, R$ 11,62, +5,83%; PETR4, R$ 10,56, +5,92%) dispara, depois de operar em queda durante grande parte do pregão.

Já os papéis da Vale (VALE3, R$ 18,37, +1,55%; VALE5, R$ 15,06, +1,35%) segue em alta, mas ameniza, impulsionada hoje pela valorização do minério de ferro, que subiu 4,57% no porto de Qingdao, na China, para US$ 55,89 a tonelada. Acompanham o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 9,99, +1,32%), holding que detém participação na mineradora. A Vale divulga resultado na manhã da próxima quinta-feira. Analistas esperam por bons números no segundo trimestre, com vendas robustas compensando a queda do minério de ferro no período.

A operadora Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 44,35, +6,87%), dona da marca Vivo no Brasil, teve lucro líquido de R$ 932,9 milhões no segundo trimestre, queda de 56,4% frente ao mesmo período do ano passado. O balanço inclui os resultados da operadora GVT, adquirida no ano passado, comparáveis a partir de janeiro de 2014. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 3,13 bilhões, crescimento de 2,8% ano contra ano.

Acompanham o movimento da Telefônica as ações da TIM (TIMP3, R$ 9,00, +1,47%) e Oi (OIBR4, R$ 4,52, +0,44%), que aparecem como a segunda e sétima maior alta do Ibovespa, respectivamente, neste momento.

Assim como a petroleira, as ações de bancos também operam em forte alta. Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 29,48, +0,48%), Bradesco (BBDC3, R$ 27,28, +1,45%; BBDC4, R$ 27,62, +1,17%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 21,55, +2,62%) avançam.


Brasil 247

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