quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Movimento contra impeachment vai às ruas



POR TRIBUNA

Após a instalação da “Frente Mineira pelo Brasil” na Zona da Mata, na semana passada, uma manifestação será realizada hoje por representantes de grupos que defendem o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) contra as articulações que visam a abertura do processo de impeachment. A concentração está marcada para as 17h, na Praça da Estação, no Centro de Juiz de Fora. Está prevista a participação de membros do PT, PMDB, PCdoB, além de coletivos e movimentos sociais. Entre as lideranças políticas, devem estar presentes a deputada federal Margarida Salomão (PT), os vereadores petistas Roberto Cupolillo (Betão) e Wanderson Castelar. Após a concentração, o grupo deverá subir o Calçadão até a Câmara Municipal, no Parque Halfeld. Pelo menos mil pessoas já confirmaram a presença no evento criado no Facebook.

Um dos responsáveis pela mobilização, o presidente do diretório municipal do PT de Juiz de Fora, Giliard Tenório, explica que o ato irá informar à população sobre os riscos de um eventual processo de impeachment. “Entendemos que as movimentações contra o Governo são naturais, mas não podemos aceitar qualquer princípio de rompimento democrático. Temos que garantir também a justiça social e os direitos conquistados. Somos todos contra o golpe”, diz.

Embora esteja em campo oposto ao PT em âmbito municipal, o PMDB de Juiz de Fora também integrará o movimento. “É um momento importante, para se garantir a governabilidade. E só vamos conseguir se fizermos um diálogo muito forte entre os partidos coligados no plano nacional, para dar sustentação ao Governo”, afirma o presidente do diretório municipal do partido, Paulo Gutierrez. Segundo Gutierrez, políticos que não estão envolvidos em escândalos de corrupção não podem pagar pelos crimes em investigação.

Movimentos

Integram o ato o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes (UEE), Marcha Mundial das Mulheres, Fórum pela Moradia Popular e coletivos Vozes da Rua e Fora do Eixo. Representante do coletivo Maria Maria, Laiz Perrut reforça a necessidade de união entre os grupos. “Entendemos que só com a união dos movimentos sociais e das ruas que vamos mudar essa onda de conservadorismo e tudo o que está acontecendo. Nos mostramos a favor da democracia, mas também fazemos críticas. O ajuste fiscal tem que taxar as grandes fortunas e não impactar somente aos trabalhadores. Só com a aliança de movimentos nas ruas podemos reverter isso”, propõe.


Tribuna de Minas

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