segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O estrago do “republicanismo”


POR FERNANDO BRITO · 22/02/2016


A pesquisa Ibope divulgada pelo Estadão, atribuindo 61% de rejeição a Lula pode até ter números inflados, mas não surpreende, porque não poderia ser outro o resultado de uma campanha de mídia que passou de todos os limites.

Mas é, também o resultado de uma postura supostamente “republicana”, adotada por muito tempo e ainda presente, na forma de Lula, o PT e o governo petista reagirem a isso.

Não enfrentar a mídia e não enfrentar as armações que, sob sua égide, passaram ao terreno da insanidade (porque só pode ser insanidade achar que um homem que, na Presidência, poderia ter influído em contratos de centenas de bilhões possa ter sido comprado por um “cozinha planejada”, como fez crer o Jornal Nacional, no sábado.

Agora, Moro manda prender João Santana, marqueteiro das campanhas petistas.

A razão?

Precisa de alguma além do fato de ter ligações com Lula e com Dilma? Foi-se o tempo.

Lula e Dilma (porque sem ele só um tolo não vê que, na melhor das hipóteses, vira um cadáver político e cadáveres são, claro, removidos) foram se deixando entrar na boca do leão com um discurso “republicano”, confiando “nas instituições”.

Falar em instituições isentas no Brasil, francamente, se não for má-fé, é tolice.

E mesmo que se acredite – e é muita fé – que em alguma hora isso vá se desmontar juridicamente, o estrago político será, talvez, irreversível.


Tijolaço

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