quarta-feira, 20 de abril de 2016

GOVERNO TEMER PODE ACABAR ANTES DE COMEÇAR


Manchado pela percepção internacional de que se trata de um golpe contra a democracia brasileira, o "governo Temer" também enfrenta problemas internos; manchete desta terça-feira do Valor informa que o vice não estaria conseguindo montar sua equipe econômica; tanto Arminio Fraga quanto Marcos Lisboa recusaram convites para o Ministério da Fazenda; Lisboa assinalou inclusive que só governo eleito pelo voto teria legitimidade para fazer reformas necessárias para a retomada do crescimento; além disso, com o passar do tempo, com os acordos feitos para salvar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), consolida-se na opinião pública a percepção de que a sociedade foi enganada com o impeachment feito em nome do combate à corrupção

20 DE ABRIL DE 2016 ÀS 16:04


247 - Manchado pela percepção internacional de que se trata de um golpe contra a democracia brasileira, o "governo Temer" também enfrenta problemas internos

Como conta reportagem do jornal Valor desta quarta-feira, 20, Temer não estaria conseguindo montar sua equipe econômica. Do senador Aécio Neves (PSDB), o vice ouviu que Armínio Fraga não deve participar do provável novo governo. Outros nomes foram mencionados para ocupar o comando da equipe econômica, como o de Murilo Portugal, atual presidente da Febraban, e Marcos Lisboa, que comanda o Insper, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

Lisboa, entretanto, que trabalhou na assessoria de Antônio Palocci no Ministério da Fazenda, também já avisou que não aceitaria. Disse que só governo eleito pelo voto teria legitimidade para fazer reformas necessárias para a retomada do crescimento.

Portugal foi secretário do Tesouro Nacional no governo de Fernando Henrique Cardoso, secretário-executivo da Fazenda nos primeiros anos de Lula e vice-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), além de diretor do Banco Mundial. Seu nome tem o aval de Armínio e o apoio do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto.

Outro nome sondado é o do senador José Serra (PSDB-SP), que já foi desautorizado pelo próprio vice, por ter praticamente "montado" o governo Temer, em entrevista ao Estadão (leia aqui). Serra tem o inconveniente de ser candidato natural à presidência em 2008 e Meirelles é muito identificado com o ex-presidente Lula, dizem políticos próximos ao vice-presidente.

Além da dificuldade em escalar um time considerado sem legitimidade no cenário internacional, com o passar do tempo, com os acordos feitos para salvar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação e da prisão, consolida-se na opinião pública a percepção de que a sociedade foi enganada com o impeachment feito em nome do combate à corrupção.

Temer pode ter uma vitória de Pirro.


Brasil 24/7

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