domingo, 21 de maio de 2017

Janio denuncia "métodos" da Lava Jato

Quem passou o papelzinho para o Sergio Machado? Que procurador?

publicado 21/05/2017

Na foto, Procuratores do filme "A lei é para todos menos para tucanos"!

O Conversa Afiada reproduz trecho de intrigante artigo de Janio de Freitas na Fel-lha:

(...)

Agora senador afastado pelo Supremo, e com Eduardo Cunha preso, Aécio fica mais exposto a que afinal se esclareçam em definitivo as trapaças de contratos em Furnas, cuja lista de beneficiários lhe dá lugar de destaque. Associados nessa lista, os dois retiveram por muito tempo as investigações devidas e suas consequências.

Com esse inquérito em andamento, Aécio se torna um dos senadores mais apreciados por procuradores e juízes: seis inquéritos – um por suborno e fraude na construção da Cidade Administrativa em seu governo mineiro, outro por suborno na construção de usinas hidrelétricas, três por caixa dois, e o de Furnas. Aguarda-se o sétimo.

Não foi sem motivo, portanto, que esse senador e presidente do PSDB (retirado de um cargo e licenciado do outro), conforme suas palavras agora públicas, disse ser necessário acabar com tais investigações e estar "trabalhando nisso como um louco".

E pensar que esse era o presidente da República desejado e proposto ao país pelo "mercado", pelos conservadores de todos os tipos e por imprensa, TV e rádio. Derrotado e ressentido, foi o primeiro a conclamar pela represália que originou o desenrolar político hoje incandescente.

Para onde vai esse desastre em sua fase judicial, continuaremos sem saber. As gravações de Joesley Batista ainda aumentam muito a obscuridade, com pequena menção que a conveniência deu por despercebida pelo pasmo.

Como queixa por perseguições a sua maior empresa, ele conta a Temer ter visto o vídeo da delação de Sérgio Machado, o ex-diretor da Petrobras que gravou Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney. Esta é a cena: procuradores da Lava Jato dizem a Machado que fale sobre a JBS, Machado diz desconhecer fatos que incluam a empresa.

Os procuradores insistem em vão. Até que Machado aparece lendo um pequeno papel, decora o lido, e o recita como depoimento: é uma acusação à JBS. Não há menção a quem lhe passou o dizer exigido. Nem era necessária, para proporcionar a advogados mais um questionamento e a magistrados isentos um problema, sobre certos métodos e motivos da Lava Jato.

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Conversa Afiada

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