quarta-feira, 11 de outubro de 2017

“Não sei quem mora lá, nem o que fez, mas invade assim mesmo…”



POR FERNANDO BRITO · 11/10/2017




A juíza que mandou invadir a casa do filho de Lula, Marcos Lula, diz que “não sabia” quem morava ali.

Assinou um mandado de busca e apreensão sem nome, apenas com endereço; que reproduzo do Blog da Cidadania.

O averiguado é “a apurar”.

Acredite quem quiser que juíza e policiais não sabiam quem morava ali.

Aceitar que não sabiam, terá de admitir que um gaiato ligue para a polícia dizendo que na Rua Tal, numero tal, apartamento qual, alguém, que não se diz quem é, faz uso de drogas.

E que incontinente, uma brava tropa de policiais vai ao juízo, a juíza, sem mais discussões, dá uma mandato para até arrombar e invadir o apartamento e recolher ” entorpecentes, armas e outro objetos ligados ao crime” , crime que sequer especifica qual é.

E quem aceitar isso está, automaticamente, abrindo mão da inviobilalidade do lar.

O mandado judicial virou, por enquanto, uma formalidade que nem fundamentada precisa ser.

É de imaginar o meganha falando: “ai, que saco, vou ter de ir lá na tia para ela assinar um mandado para invadir um apartamento”

“Apartamento de quem?”

“Sei lá, é que um carinha ligou dizendo que lá estão queimando fumo”.

“Quem?”

“Não sei, nem quero saber”, Vou logo que hoje estou louco para meter o pé numa porta”.

Estamos diante do seguinte dilema: ou chegamos ao ponto intolerável de perseguir familiares de quem queremos desmoralizar publicamente, ou chegamos a um ponto que juízas, entre a manicure e o cabelereiro, resolvem assinar algumas ordens para arrombar portas por aí.



Tijolaço

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