quinta-feira, 8 de março de 2018

JANIO: TEMER TEM QI SUFICIENTE PARA NÃO DEPOSITAR SUBORNO NA PRÓPRIA CONTA

O colunista Janio de Freitas destaca como a quebra de sigilo bancário de Michel Temer, autorizada pelo ministro Luis Roberto Barroso, deve ter pouco ou nenhum resultado; "Em tempos de Lava Jato, como o ano passado, receber suborno e depositá-lo na própria conta bancária, com o agravante de ser pessoa já em complicações, demonstraria um coeficiente de inteligência invernoso: abaixo de zero. (...) Mesmo sem muito otimismo, é reconhecível que o chamado QI de Temer está acima de zero", escreve

8 DE MARÇO DE 2018 

247 - Para Janio de Freitas, a quebra de sigilo de Michel Temer deve dar pouco ou nenhum resultado.

"Em tempos de Lava Jato, como o ano passado, receber suborno e depositá-lo na própria conta bancária, com o agravante de ser pessoa já em complicações, demonstraria um coeficiente de inteligência invernoso: abaixo de zero. É, no entanto, o Michel Temer esboçado pela Polícia Federal, no pedido de quebra do sigilo bancário do seu suspeito de emitir um decreto, em 2017, para favorecer empresas operadoras no porto de Santos.

Mesmo sem muito otimismo, é reconhecível que o chamado QI de Temer está acima de zero. Além disso, em recente advertência ao país e, portanto, à PF, Moreira Franco dizia na Folha: "Aqui [no Planalto] não tem amador". Já sabíamos, há muito tempo, que na Presidência o chefe só reuniu profissionais. Embora às vezes haja erros típicos de amadores, como fez Geddel Vieira Lima. É a interferência do QI. Mas a lembrança de Moreira foi oportuna.

Sobretudo porque é sempre esquisito o inquérito que apura só um pontinho da longa relação entre Michel Temer e o porto de Santos. A pedida quebra de sigilo, por exemplo, oferece ao investigado possibilidades equivalentes às 50 perguntas que recebeu da PF. As quais não eram para ser divulgadas, porque indagavam coisas do tipo "recebeu suborno [ou propina]? Tem ligação com...?" Interrogatório para respostas negativas, inocentadoras, mas figurando como interrogatório e investigação."



Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário